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Reforma Tributária para o Simples Nacional: o que muda para o seu negócio

  • Foto do escritor: Victória Lopes
    Victória Lopes
  • 30 de set.
  • 3 min de leitura

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A Reforma Tributária para o Simples Nacional tem gerado muitas dúvidas entre micro e pequenos empresários em todo o Brasil. Com a promulgação da Emenda Constitucional 132/2023, que deu início à maior transformação no sistema tributário das últimas décadas, é fundamental entender como essas mudanças impactam os optantes pelo Simples Nacional. Neste artigo, vamos explicar, de forma clara e objetiva, o que muda, o que permanece igual e o que você, como empresário, precisa fazer para se adaptar desde já.


Índice

Entendendo a Reforma Tributária e seus impactos no Simples Nacional


O que é a Reforma Tributária?

A Reforma Tributária visa simplificar o sistema de tributação brasileiro, substituindo tributos sobre o consumo por um modelo de imposto núnico dual:

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): substitui ICMS e ISS.

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): substitui PIS e Cofins.

Com a unificação desses tributos, o governo busca tornar o sistema mais justo, reduzindo a cumulatividade e a complexidade tributária.


O Simples Nacional será extinto?

Não. O Simples Nacional foi mantido na Constituição e continuará existindo após a implementação da reforma. No entanto, ele também passará por ajustes para se adaptar à nova estrutura de tributação sobre o consumo.


Principais mudanças para quem está no Simples Nacional

1. Tributos do Simples Nacional poderão não ser mais monofásicos

A principal mudança trazida pela Reforma Tributária é que parte dos tributos que hoje são pagos de forma unificada no Simples poderão ser cobrados separadamente. Isso significa que:

  • CBS e IBS poderão ser cobrados fora do DAS, em regime não cumulativo.

  • A empresa continuará no Simples Nacional, mas com obrigatoriedade de apurar e recolher separadamente esses novos tributos.


2. Possibilidade de crédito para compradores

Empresas optantes pelo Simples que escolherem recolher CBS e IBS fora do DAS permitirão que seus clientes (empresas maiores) gerem crédito tributário. Isso é vantajoso para:

  • Aumentar a competitividade dos pequenos negócios.

  • Evitar perda de clientes que busquem fornecedores que gerem créditos fiscais.


3. Novas obrigações acessórias

A apuração separada dos tributos trará novas exigências:

  • Declarações específicas para CBS e IBS.

  • Controle de créditos e débitos tributários.

  • Adequação do sistema de emissão de notas fiscais.


Simples Nacional x Novo Sistema: como decidir o melhor caminho?

Avalie o seu modelo de negócio

  • Venda para consumidor final: tende a ser mais vantajoso manter o modelo tradicional do Simples.

  • Venda para empresas: pode ser mais estratégico optar pelo recolhimento separado de CBS e IBS para gerar créditos aos clientes.


Prós e contras de cada modelo

Manter tudo no DAS (Simples integral):

  • Mais simplicidade operacional.

  • Menos obrigações acessórias.

  • Sem geração de créditos para clientes.

CBS/IBS fora do DAS:

  • Gera créditos tributários para compradores.

  • Pode aumentar competitividade.

  • Exige mais controle contábil e fiscal.


Cronograma de implementação: quando tudo isso vai mudar?

  • 2026 a 2032: fase de transição, com CBS e IBS introduzidos gradualmente.

  • 2033 em diante: novo sistema em vigor de forma integral.


Pontos de atenção e riscos jurídicos para quem está no Simples

1. Bitributação

Durante a transição, há risco de cobrança em duplicidade caso a empresa não organize seus processos.


2. Erros de apuração

A complexidade maior pode gerar:

  • Declarações incorretas.

  • Penalidades e multas.


3. Complexidade operacional

A perda da simplicidade pode aumentar custos de contabilidade e compliance.


O que o empresário do Simples Nacional deve fazer agora?

  1. Converse com seu contador para entender os impactos no seu segmento.

  2. Mapeie sua cadeia de clientes e fornecedores para avaliar a relevância da geração de créditos.

  3. Invista em capacitação interna sobre apuração de tributos e novas obrigações.

  4. Atualize seus sistemas fiscais e contábeis.

  5. Planeje antecipadamente a melhor forma de adaptação.


A Reforma Tributária para o Simples Nacional não extingue o regime, mas altera a forma de recolhimento e traz novos desafios. Quem se antecipar às mudanças terá vantagens competitivas e evitará riscos jurídicos e fiscais.


Quer entender como a Reforma Tributária vai impactar seu negócio no Simples Nacional? Fale conosco e agende uma consultoria personalizada.

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